Hysteria
Cristopher
Bollas
A Editora Escuta apresenta HYSTERIA de Christopher Bollas - ISBN 85-7137-165-2
296 p., R$ 33,00
Não deixa de ser uma ousadia escrever, hoje em dia, um livro sobre a histeria. Talvez ousadia maior incorra o editor decidindo publicar um livro sobre este assunto, pois a neurose histérica, tanto de angústia como de conversão, tem sido deixada de lado tanto por psiquiatras como por psicanalistas. O próprio Freud, depois de se ocupar muitos anos com a histeria que, diga-se de passagem, rendeu-lhe numerosos frutos reunidos sob o nome de psicanálise, deixou de lado essa neurose para se dedicar à obsessão. A psiquiatria contemporânea, especialmente a influenciada pelo DSM-IV e pelo CID-10, decidiu eliminar de seu vocabulário a palavra histeria imaginando, com isto, que eliminaria do mundo este tipo de neurose.
Os psicanalistas, por sua vez, cunharam o distúrbio de personalidade borderline para se verem livres da histeria. Entretanto, mais cedo ou mais tarde, o psicoterapeuta há de se encontrar com a neurose histérica graçando por aí com muitos novos nomes - pseudo-epilepsia, por exemplo - e terá que produzir sua própria metapsicologia a respeito de sua vivência clínica com pacientes histéricos.
Esse não é um trabalho de autoria fácil de ser realizado, pois a literatura sobre o assunto é vasta e rica. Entretanto, hoje é possível se dizer que há uma certa acumulação de conhecimento metapsicológico apesar da natureza singular do psiquismo humano e da subjetividade. A psicopatologia da histeria é um bom exemplo disso. Desde Freud, numerosos trabalhos apresentaram novas contribuições para uma compreensão mais acurada e clara a respeito dessa enigmática manifestação.
Em Hysteria, o ilustre psicanalista Christopher Bollas oferece uma teoria original e esclarecedora da histeria que entrelaça suas características bastante conhecidas - idéias sexuais recalcadas, indiferença à conversão, superidentificação com o outro - sob a forma histérica.
Por meio de uma releitura de Freud, Bollas argumenta que a sexualidade é, em si mesma, traumática a todas as crianças, já que ela "destrói" a relação com a mãe ao transfigurá-la de "mamãe", aquela que toma conta do bebê, em "mãe", o objeto sexual da criança e do pai. Para o histérico, esta percepção é infinitamente traumática e a personalidade histérica se forma como uma oposição organizada a este conhecimento.
Fiel a seus princípios, a visão de Bollas é provocativa e leva à reflexão. Hysteria traz novas perspectivas às idéias amplamente divulgadas, constituindo-se numa leitura esclarecedora para estudantes e profissionais envolvidos tanto com a psicanálise quanto com a psicoterapia, bem como para o interessado pela formação da personalidade na cultura ocidental.
Muitas das idéias incluídas neste livro foram apresentadas, pela primeira vez, em seminários realizados pelo autor, em São Paulo, em 1998, à convite da Livraria Pulsional e da Editora Escuta.
Sumário do Livro
- Introdução
- 1. Os caráteres da psicanálise
- 2. Epifania sexual
- 3. Sexualidade e suas transformações
- 4. No princípio é a mãe
- 5. Erotizando a ausência
- 6. As funções do pai
- 7. A sedução da estória
- 8. Quente e frio
- 9. Exibindo-se
- 10. O self como teatro
- 11. O histérico maligno
- 12. Aditos em transferência
- 13. A sedução e o terapeuta
- 14. O último capítulo
- Referências
- Índice remissivo
Quarta capa
A histeria desapareceu da cultura contemporânea somente enquanto esteve sujeita ao preconceito do diagnóstico aceito como "distúrbio de personalidade borderline".
Em Hysteria, o ilustre psicanalista Christopher Bollas oferece uma teoria original e esclarecedora da histeria que entrelaça suas características bastante conhecidas - idéias sexuais recalcadas; indiferença à conversão; super-identificação com o outro - sob a forma histérica.
Por meio de uma releitura de Freud, Bollas argumenta que a sexualidade é, em si mesma, traumática a todas as crianças, já que ela "destrói" a relação com a mãe ao transfigurá-la de "mamãe", aquela que toma conta do bebê, em "mãe", o objeto sexual da criança e do pai. Para o histérico, esta percepção é infinitamente traumática e a personalidade histérica se forma como uma oposição organizada a este conhecimento.
Fiel a seus princípios, a visão de Bollas é provocativa e leva à reflexão. Hysteria traz novas perspectivas às idéias amplamente divulgadas, constituindo-se em uma leitura esclarecedora para estudantes e profissionais envolvidos tanto com a psicanálise quanto com a psicoterapia, bem como para o leigo que se interessa pela formação da personalidade na cultura ocidental.
Christopher Bollas é psicanalista com consultório em Londres, Inglaterra. É autor de Shadow of the Object (1987), Being a Character (1992) Cracking Up (1995), The New Informants (com David Sundelson) (1995) e The Mistery of Things (1999).