Psicanalise e Psicofármacos |
Apresentação
O grupo teve início em 06 de fevereiro de 1999, dentro do movimento dos Estados Gerais da Psicanálise, como grupo de interlocução sobre Psicofármacos e Psicanálise, sediado inicialmente na Livraria Pulsional de São Paulo. Instigado por quest ões referentes aos atuais psicofármacos, em especial os antidepressivos e seus usos na clínica cotidiana daqueles que lidam com o sofrimento psíquico de pessoas.
Sua proposta, assinada por Rubens Coura, primeiro coordenador do grupo junto a Cristina Magalhães, ficou formulada assim:
"Torna-se necessário entender a extensão e o alcance que tais produtos farmacêuticos possam ter sobre o psiquismo; mais ainda, cumpre averiguar corajosamente a força e as fragilidades que tais substâncias podem representar como imagens idealizadas de bem-estar e de ausência total de conflito psíquico, para as populações em geral e para os próprios psicanalistas"
"Serão os médicos (psiquiatras e de outras especialidades) responsáveis pelo fascínio das populações em torno dos psicofármacos?"
"Pode-se discutir abertamente sobre o emprego dessas drogas, entre pessoas que não sejam especialistas na sua elaboração ou na sua prescrição?"
"Existe o especialista na prescrição de psicofármacos (o psiquiatra), como o profissional que efetivamente mais os receita para seus clientes?"
"Como pode evoluir clinicamente, em termos gerais, a pessoa que é ao mesmo tempo analisando de um psicanalista e paciente de um psiquiatra "de retaguarda" que lhe prescreve um psicofármaco antidepressivo?"
"Estamos dispostos a discutir esses e outros temas correlatos, ligados aos psicofármacos. (1)
O grupo, clínico-teórico, ficou se reunindo na Livraria Pulsional, desde os últimos meses de 1998 até começos de 2004, nas terceiras quartas-feiras de cada mês, para a discussão de casos clínicos, de textos dos participantes e de outros autores.
Os pontos em discussão levantados foram:
- · como os medicamentos em geral e sobretudo os psicofármacos se apresentam no tratamento analítico
- · como influenciam o tratamento
- · como aparecem na transferência
- · a relação do psicanalista com o psiquiatra (ou outro médico) "de retaguarda.
- · a eficácia da palavra e a eficácia do medicamento quando aliado à análise..
- · o medicamento como possibilitador do trabalho analítico
- · o medicamento como imobilizador ou "dificultador" da análise
- · os limites dos psicofármacos - os limites da análise
- · efeito das drogas ilícitas no tratamento e no psiquismo
- · a atualidade dos Psicofármacos:
- a presença dos psicofármacos: tendência na cultura contemporânea
- a cultura do narcisismo e do imediatismo
- a idealização dos psicofármacos pela população
- a atitude de psicanalistas ao ignorarem os psicofármacos.
- a indústria farmacêutica." (2)As diferenças, os vários tipos de orientação teórica, de formação analítica e de formação profissional básica dos participantes caracterizaram, desde o primeiro momento, o debate.
A presença do interessado, única condição colocada para participar do grupo, se mantém até hoje, no mesmo modo da proposta original.
Durante este período se produziu uma coletânea sobre psicofármacos, editada pela Editora Escuta, cujos autores, em franca maioria, foram participantes dos debates deste grupo desde os seus começos (3)
No primeiro semestre de 2004 o grupo migrou de seu local de reunião originário. Inicialmente para o Sedes Sapientiae, por três meses consecutivos. A seguir para o Hospital-Dia "A Casa" e desde o último semestre de 2005 para o consultório particular de alguns dos/das participantes do grupo (Breno Serson, Renata Favaro, Teresa Lamberte). De lá para cá houve circulação de novos participantes e desistência de outros. Já participaram das reuniões Antonieta Pezo,Beatriz Aguirre, Beth Antonelli; Esio dos Reis Filho,Laura C.Granado, Micaela Krumholz, Osvaldo.A. Delia, , Ricardo Gallini, entre outros.
Referências:
Em 2006 realizou-se uma "Ciranda de trabalhos", a cargo de cada um dos participantes, lidos e discutidos uma ou duas reuniões. Em 2007 o grupo começa a debater a possibilidade de veicular a produção escrita dos seus membros e / ou o uso de modalidades impressas ou virtuais de testemunhar sua presença. Surge então o presente Foro e Espaço Temático de Psicanálise e Psicofármacos no âmbito oferecido gentilmente pelo site Psicomundo, com início em 2008.
Participantes atuais do grupo:
- Breno Serson, brenoserson@terra.com.br
- Cristina Magalhães: crismagalhaes@uol.com.br
- Fábia Segal: fabisegal@uol.com.br
- Felipe Lessa: flessaf@uol.com.br
- Joel Katz: deldjoul@hotmail.com
- Nilvana Nani de Castelli: nilvanac@uol.com.br
- Renata Favaro: renatafavaro@uol.com.br
- Sara Hassan: sara.elena@terra.com.br
- Silvia Ribes: ribes@uol.com.br
- Teresa Lamberte: teresalamberte@uol.com.br
Referências:
- Página dos Estados Gerais da Psicanálise, http://www.estadosgerais.org
- Página dos Estados Gerais da Psicanálise) http://www.estadosgerais.org
- Psicofármacologia e Psicanálise Comp. Maria Cristina Rios Magalhães -Editora Escuta, Brasil, 2001.