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Lançamento de Livros

DO SONHO AO TRAUMA
psicossoma e adicções

Decio Gurfinkel

A Editora Casa do Psicólogo convida para o lançamento do livro DO SONHO AO TRAUMA (psicossoma e adicções) de DECIO GURFINKEL no dia 16 de abril, Terça-Feira, a partir das 19:30 hs, na Casa do Psicólogo Livraria, Rua Mourato Coelho 1059 - São Paulo SP - Tel (11) 3034-3600

Este livro aborda alguns desenvolvimentos da teoria e da clínica psicanalíticas, absolutamente interligados. Por um lado, temos as transformações de uma teorização que, partindo do estudo do sonho, se viu conduzida ao problema do trauma que interrompe a função onírica; os pensamentos de Freud e de Winnicott são aqui tomados como referenciais principais. Por outro, temos algumas das formas psicopatológicas não clássicas que evidenciam de modo particular estas transformações: os transtornos psicossomáticos e as adicções. O autor retoma, aqui, o estudo sobre a toxicomania, iniciado em seu livro anterior, fenômeno ainda tão pouco explorado pela psicanálise.

Nos distúrbios psicossomáticos, a investigação da vida onírica é da maior importância. O sonho, quando surge, apresenta freqüentemente pouca potencialidade associativa, pouco alcance em termos de referir-se a tempos e espaços diversos que se entretecem e se comunicam; em suma, pouca elaboração onírica. Onde estão os véus, onde está a dissimulação da censura? Onde está o maravilhoso trabalho do processo primário que brinca com as representações, jogando-as para lá e para cá, como uma criança, só pelo prazer de se divertir ou pelo gosto estético de criar? Nas manifestações corporais de certos indivíduos não há criação, expressividade ou comunicação — ao contrário do corpo erógeno da histeria, este sim verdadeiro palco da encenação somática de um sonho —; daí a distinção fundamental, ainda que difícil, entre somatização e conversão.

Nas adicções, o que desmorona é o trabalho de simbolização: o ato que é gesto, a palavra que porta afeto e sentido. Nelas se verifica uma falha da função transicional do objeto: uma certa magia do humano através da qual o objeto pode ser “ponte”, “cordão”, meio de ligação e de separação entre Eu e outro, meio de criação de si e de percepção do mundo, instrumento através do qual o Eu pode transitar pelo mundo das coisas e estas últimas podem, potencialmente, constituir material para os sonhos.

O autor introduz a expressão colapso do sonhar para descrever um estado em que, na estrutura psíquica de um indivíduo ou na sua organização de Eu, se apresenta uma falha, uma quebra, uma fratura ou uma fenda que o colocam em um campo clínico diferente do da psiconeurose; este colapso se refere a uma clínica da dissociação, em contraste com a clínica do recalcamento. Freud tinha como certo, principalmente no início de sua obra, o funcionamento intacto do aparelho psíquico no indivíduo adulto, e, por decorrência, partia da suposição de uma capacidade universal de sonhar. Podemos, ainda hoje, tomá-la como certa?

Decio Gurfinkel é psicanalista, membro do Departamento de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae e professor dos Cursos de Psicanálise e de Psicossomática do mesmo Instituto. Doutorando pelo Instituto de Psicologia da USP, é autor de A pulsão e seu objeto-droga: estudo psicanalítico sobre a toxicomania (Ed. Vozes, 1996).

Casa do Psicólogo Livraria, Rua Mourato Coelho 1059 - São Paulo SP - Tel (11) 3034-3600
e-mail
casapsi@uol.com.br
www.casapsicologo.com.br

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