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Lançamento de Livros

Desafios para a psicanálise contemporãnea

Lucia Barbero Fuks e Flavio Carvalho Ferraz (org.)

Editora Escuta apresenta o livro Desafios para a psicanálise contemporãnea, de Lucia Barbero Fuks e Flávio Carvalho Ferraz (orgs)

Este é o terceiro livro que surge a partir de conferências pronunciadas pelos professores do Curso de Psicanálise do Instituto Sedes Sapientiae. Após Freud: um ciclo de leituras (1997) e A clínica conta histórias (2000), é a vez dos Desafios para a psicanálise contemporânea.

Seguindo os passos abertos por Freud - para quem "o mal-estar na cultura" jamais cessou de ser objeto de reflexão e pesquisa - os autores se debruçam sobre questões com as quais a psicanálise se defronta nos dias de hoje.

Vivemos num mundo violento e conturbado, onde os paradigmas do passado não têm mais vigência e as novas maneiras de pensá-lo exigem coragem e criatividade. Os vários artigos aqui apresentados nos fornecem argumentos e pistas para abordar não apenas as novas formas de subjetividade, mas também suas articulações, principalmente com a ética e a política. A íntima relação entre desenvolvimento cultural e pulsão de morte já tinha sido pensada por Freud. Todavia, neste início de século, mais do que nunca, a vida,  despojada daquilo que a humaniza, vem se confundir com a morte.

"Como pensar as mudanças na subjetividade quando a cultura oferece, de maneira incessante, objetos de satisfação e a ciência pode tornar o impossível?"

Como pensar as questões do corpo quando este é o "palco de inimagináveis transformações?"

"Sorria, você está sendo filmado". Como pensar esta nossa sociedade, onde a vigilância tornou-se uma prática generalizada, onde a exposição da privacidade é um valor almejado, onde a delinqüência e a violência são alguns dos escapes possíveis?

Fruto de uma reflexão madura sobre os desafios que a cultura impõe à psicanálise, e a despeito da perplexidade em que todos nos encontramos, os textos deste livro nos possibilitam refletir com serenidade sobre as mudanças nas psicopatologias atuais, nos novos dispositivos clínicos necessários, nos novos destinos das pulsões e, sobretudo, na necessidade de um pensar conjunto.

Tarefa árdua esta de permanecer em suspenso, sem desespero mas também sem ilusões, que põe a psicanálise, mais do que nunca, em contato com outros ramos do saber, em uma elaboração interminável e inacabável do viver-junto.

 

Anna Maria Amaral

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