A Fadiga Crônica, Neurastenia - as doenças do século
Pura H. Cancina
Lançamento
A Fadiga Crônica, Neurastenia - as doenças do século, de Pura H. Cancina, pela editora Companhia de Freud, teve lançamento no Hotal Glória, Rio de Janeiro, durante o congresso de Convergência, em 28 de maio ppdo.
Enorme fadiga física eintelectaul, incapacidade para estudar, para trabalhar, para concentrar-se, para memorizar. sensações e ma-estares diversos como anuviamento da mente, sentir-se embotado. Grande necessidade de dormir.
Minha investigação sobre a fadiga crónica, se esteve sustentada pelo que pude escutar en meu consultório, centroi-se na interrogação do quadro pintado por Siblylle Lacan para seu pai. Esse quadro foi o que levou Lacan a dizer-lhe: "no século dezenove, diriam que vocé era neurasténica"
Destaco: "quadro pintado". Efetivamente, creio que se trata de mimese; imitação da tristeza sustentada por algúm traço tomado da imagem do pai. O mimetismo é posto em suspenso, detenção do ato no gesto. Um gesto é algo feito para deter-se e ficar em suspenso. O gesto, como gesto, inscreve-se em um antes do ato. E esta temporalidade particular, definida pelo termo "detenção", que nos permite distinguir gesto e ato. Porém também destaco: "quadro pintado para". Isto quer dizer que não é sem o Outro, aquele a quem a mensagem se dirige.
Se para Freud a cura das neuroses atuais pareceu que não dependia da análise, mas de mudanças nas relações com o outro, ele em parte tinha razão, exceto que não se trata de uma mudança no terreno da genitalidade, mas naquelas relações onde se desfaz o estatuto do objeto, ou seja, o terreno onde este se destaca.
Reunamos a duas afirmações que acabo de fazer - gesto em lugar de ato que permanece impedido - mensagem dirigida ao Outro para que corrija o tiro - e nos encomtramos no terreno do que, justamente, Lacan denominou "zona de relação": o acting out. O acting out é o âmago da transferencia. E transferencia selvagem, transferencia sem análise; enquanto o acting out sem análise é a transferencia. A questão é como organizar a transferencia, como domesticar a transferencia selvagem, "como fazer entrar o elefante servagem no cercado, como por o cavalo para dar voltas no picadeiro". Trat-se, definitivamente, de que um dizer que não fala comece a falar
Pura H. Cancina é Psicanalista e doutora da UNR - Universidade Nacional de Rosario, Argentina. Desenvolve seu ensino na Universidade e na Escuela de Psicoanalisis Sigmund Freud - Rosario. É docente permanente da Apres-coup ( instituição psicanalítica de Nova York).
Publicou "Escritura e Femineidade", "Ensayo sobre la obra de Marguerite Durtas", Nueva Visión, "El dolor de existir y al melancolía", Homo Sapiens e "Preguntas de la fobia y la melancolía", Homo Sapiens. Em colaboração, "Bordes, un límite a la formalización" y la serie "La fábrica del caso", Homo Sapiens, cuyo número III, "Sibylle", encontra-se na prensa. Além disso, numerosos artigos em revistas especializadas e obras coletivas do país e do exterior.
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