I° Encontro Latino Americano dos Estados Gerais da Psicanálise São Paulo - 12, 13 e 14 de Outubro 2001 |
Reportagems no encontro
Sara Hassan
Ricardo Goldenberg
Sara E.Hassan: você quer dar a sua opinião?
Ricardo Goldenberg: sobre os Estados Gerais em geral?
Sara E.Hassan: você escolhe...
Ricardo Goldenberg: esta mesa e todas as outras a que eu assisti foram absolutamente surpreendentes para mim, no bom sentido de surpresa, porque é a primeira vez em anos que temos uma discussão entre colegas com reconhecimento propriamente dito. Aquilo que o outro tem para dizer é ouvido como fazendo alguma diferença, não é ignorado.
Posso afirmar isso de todas as mesas em que participei. Acredito que é o melhor deste encontro. Os Estados Gerais como um todo, entretanto, deveriam cuidar-se do ecletismo.
Sara E. Hassan: sim?
Ricardo Goldenberg: Chaim Katz disse isso na única plenária do evento, falando pelos Estados Gerais (haveria que perguntar-se por que ele foi o único escolhido como representante dos Estados Gerais para este congresso; por que alguma outra voz não foi ouvida também). Disse: "Nós somos pluralistas, não somos ecléticos", mas creio que era um voto, um desejo, não a constatação de um fato. Na minha opinião o risco dos Estados Gerais é precisamente o ecletismo, o ideal de juntar o melhor de cada um, sem especificar a posição específica desde a qual cada um fala, leva ao engano do Dr. Frankenstein: acaba criando um monstro. Se posso dizer assim, é pela tentação do ecletismo que passa a "regra de abstinência" dos Estados Gerais.
Sara E. Hassan: Obrigada Ricardo.
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