I° Encontro Latino Americano dos Estados Gerais da Psicanálise São Paulo - 12, 13 e 14 de Outubro 2001 |
Crónicas do encontro
Maria Teresa Martins Ramos Lamberte
Sábado - 13 de outubro - de tarde
Mesa 22 - O humor e o poder na transferência
- SZPACENKOPF, MARIA ISABEL - "Resistência e denominação na relação psicanalítica"
- KEHL, MARIA RITA - "Algumas propostas para uma ética da cura em psicanálise"
- CAMPOS, MARIA NILZA E REGINA ORTH DE ARAGÃO Riso e poder na transferência.
- ALMEIDA, JANE DE - "Para ir à toilette sem que ninguém saiba, diga que vai à toilette".
- COORDENADOR. FELIPE LESSA DA FONSECA
- DEBATEDORES: SUELENA WERNECK OLIVEIRA
Os trabalhos partiram de visadas diferentes confluentes em um tema comum, que podemos localizar como sendo as balizas éticas pelas quais estão regidos os princípios da prática analítica. A ética em jogo na experiência analítica, para além de preceitos técnicos, podendo ser situada desde os princípios, direção da cura e os fins, sustentando a questão do quê se busca e o que se encontra num tratamento analítico. Dentro da sustentação desta questão, uma questão fundamentalmente ética para o analista, as perguntas e desenvolvimentos sobre o humor e o poder na transferência puderam estar contidos, assim como foram tratados no debate propiciado pelos encontros entre os autores dos trabalhos e debatedores desta mesa, junto aos demais participantes.
- -o conceito de resistência e transgressão foi trazido a partir da referência em Foucault, articulado a noção de prova de liberdade, mudança nas relações de poder, marcada a diferença entre relação de poder e relação de dominação e a possibilidade de criação. O conceito de transgressão como forma de ultrapassagem, transformação no limite (que não quer dizer que este seja negado), a fim de que seja restituído;
- -a partir do cotejamento entre a realidade psíquica, realidade externa e as pulsões, considerando a dimensão ética em uma cura analítica, a saída para estar "bem", frente às exigências da vida e as pulsões, a reflexão sobre a plasticidade do Eu , em que possa "deformar-se"nessa economia psíquica, onde a transgressão pode se dar em ato de linguagem;
- -sobre o brincar e o humor na transferência, como instrumentos contingentes, que possam ser favorecedores do trabalho de elaboração psíquica;
- - o humor e a inter subjetividade;
- -mudar de tom depois de uma análise;
- -as colocações dizem do lugar do analista (desejo do analista), quanto posicionado arbitrando por essa desconstrução de um super ego e das leis do drama contido na posição e sofrimento do neurótico;
- -ao arbitrar na via do humor intervindo na compulsão à repetição, pode-se favorecer o surgimento do novo na transferência.
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