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I° Encontro Latino Americano dos
Estados Gerais da Psicanálise
São Paulo - 12, 13 e 14 de Outubro 2001

Reportagems no encontro

Sara Hassan

Durval Mazzei Nogueira Filho

Sara Hassan: você podería fazer algúm comentário sobre a mesa de "Medicina e Psicanálise"?

Durval: Eu gostei bastante de todos  os textos apresentados nessa mesa. Na minha leitura quatro textos apresentados tratavam muito aproximadamente aspectos de uma mesma questão, e um quinto texto tratava de uma relação bem mais particular entre a medicina e a psicanálise, que tem a ver com a questão das doenças mortais, se eu posso dizer assim simplesmente. A exceção desse texto, que tem sido um texto muito bom, todos os outros tentaram dar um jeito de circunscrever essa questão que é ao mesmo tempo ideológica, pragmática,filosófica, sociológica e que tem a ver com a  questão do avanço das tecnologías biológicas e da possibilidade de estados absolutamente característicos da humanidade: angústia, malestar, depressão, hiperatividade, ou seja lá como for, que tudo isso não pode ser tratado como simples manifestações de uma patologia, e ser simplesmente objeto de um discurso médico que ao meu ver é entorpecedor. E nessa mesa, ou seja a Marisa Rodulfo, a Sara que  agora me entrevista, o Marcio Peter de Souza Leite, e mesmo a Maria Eliza tentamos fazer uma espécie de demostração :que  corre mais agua debaixo da ponte que  o marketing dos  laboratórios farmacêuticos e dos catedráticos em psiquiatria querem fazer crer.

Sara: em  relação à importância relativa que a gente  esta achando  deste tema, o que  você acha da relativamente pouca presença de pessoas nessa sala, pelo menos em relação a outras em que eu participei?

Durval: Eu nao sei. Eu gostaria de ter mais alguma informação sobre como foi a freqüencia do público hoje  sábado pela manhà nas outras salas, que eu não sei se esse dia paulistano ensolarado, se muita gente deixou de vir ao  encontro hoje. Eu não sei como é que  estavam as outras salas.

Sara: até onde sei, acho que tiveram mais participantes.

Durval: na sala em que eu participei sobre pesquisa em Psicopatologia, num teme tal vez mais árido e mais distante do público que o de hoje tinha muita gente. Agora não sei...

Sara: difícil fazer hipóteses...

Durval: não acredito que tenha  a ver com o tema porque esse é um tema que habita a cabeça de todos os psicanalistas cotidianamente: pelos analizantes que ele recebe cotidianamente que estão medicados, seja pela intensidade de procura de pacientes relacionados ao uso de drogas que ele próprio ou a familia procura. Eu creio que é um tema que está muito presente na cabeça de tudo mundo. E tinha pessoas aí, Sara, você, e o Marcio, por exemplo, como pessoas que tem um certo poder de galvanizar público, de chamar as pessoas.

Sara: deixamos aberta a interrogação então... 

Durval:Esse tema, ou seja a toxicomania como fenômeno clínico, sejao uso de drogas, as assim chamadas legais, prescritas dentro de um discurso médico, eu creio que esse é um tema que vai obrigatóriamente frequentar o raciocínio da clínica, a ética e a teoria dos psicanalistas.

Sara: bem , muito obrigada pelo seu depoimento!

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