CORPO FREUDIANO DO RIO DE JANEIRO
Escola de PsicanáliseA transmissão freudiana da teoria lacaniana
Instituição Membro de Convergencia, Movimento Lacaniano para a Psicanálise Freudiana
PROGRAMA 2002.1 :: Início: 4 de março
Breve Histórico
O Corpo Freudiano do Rio de Janeiro foi fundado em 31 de agosto de 1994 a partir da iniciativa do psiquiatra e psicanalista Marco Antonio Coutinho Jorge junto a um grupo de psicanalistas oriundos de diferentes experiências institucionais, que já vinham fazendo há dois anos um trabalho privado com ele, de estudo e pesquisa em Psicanálise. Daí a instituição ter se denominado, então, de Corpo Freudiano Pesquisa e Transmissão da Psicanálise. Participaram dessa fundação, entre outros, Márcia Antunes Sobreira, Silvia Gutfilen, Tânia Rosas e Teresinha Costa.
A particular história do movimento lacaniano no Rio de Janeiro, iniciado por volta de 1975 com a fundação (da qual Coutinho Jorge fez parte) da primeira instituição de orientação lacaniana carioca, colocou para esses analistas a necessidade de tentar criar um espaço para a transmissão da psicanálise que não fosse servo de uma ortodoxia esterilizante, mas nem por isso abandonasse o rigor inerente aos desenvolvimentos freudianos e lacanianos duas posições extremas já presentes na nossa comunidade psicanalítica.
A fundação da instituição foi acompanhada de uma Carta de Princípios que reproduzimos a seguir.
Carta de Princípios
O Corpo Freudiano é um lugar de transmissão da Psicanálise voltado para o ensino e a pesquisa, que reúne psicanalistas, estudantes de Psicanálise e estudiosos de outros campos do saber. Seu objetivo é sustentar um espaço discursivo que mantenha uma relação essencial com o saber, seja este da Psicanálise, seja de outros campos teóricos que importem na fundamentação e no aprimoramento dos desenvolvimentos freudianos. Seu eixo teórico é constituído pela obra de Freud e pelo ensino de Lacan.
Associar o ensino de Lacan à obra de Freud adquire valor para o Corpo Freudiano na medida em que, depois de Freud, nenhum outro teórico da Psicanálise deu tamanha vitalidade ao movimento psicanalítico internacional quanto Lacan, que, desde a década de 50, inscreveu seu ensino precisamente sob a insígnia do retorno a Freud. Seu maior legado foi o de reabrir a via de acesso ao inconsciente com força quase idêntica à do ato freudiano de criação do discurso psicanalítico.
O Corpo Freudiano pretende um aprofundamento no estudo da obra de Freud e dos seminários e escritos de Lacan. Tendo como eixo central a pesquisa, o Corpo Freudiano visa obter um ensino e uma produção norteados pelo rigor teórico, pela emergência do novo e pelo avanço conceitual. O Corpo Freudiano concebe ensino e pesquisa como duas modalidades de reflexão e de criação teórica indissociáveis.
A produção teórica do Corpo Freudiano assume a forma de publicações, com o objetivo de divulgar o pensamento nele elaborado. É em torno do incentivo a essa produção que se estabelece o principal vínculo que reúne seus participantes.
Estrutura
O Corpo Freudiano do Rio de Janeiro Escola de Psicanálise , estrutura todas as suas atividades visando a formação do psicanalista e a transmissão da psicanálise. A partir de julho de 2000, a instituição entrou para a Convergência Movimento Lacaniano para a Psicanálise Freudiana, que reúne cinqüenta associações psicanalíticas do mundo inteiro e tem como objetivo primordial favorecer a troca entre os diferentes grupos lacanianos, formados em momentos particulares e apresentando percursos singulares no desenvolvimento da Psicanálise em cada país.
Se, por um lado, o Corpo Freudiano adota a visão lacaniana da formação psicanalítica como saber inacabado, que se faz e se refaz de modo permanente, por outro, não desconhece as dificuldades inerentes ao estudo da teoria psicanalítica para aquele que inicia seu percurso. Justamente por isto, mantém dois departamentos e quatro núcleos: Departamentos de Ensino e Clínico; Núcleos de Formação Básica, de Formação Permanente, de Psicanálise com Criança e de Estudo e Pesquisa sobre a Psicose.
Essa estruturação é a resposta dos psicanalistas do Corpo Freudiano do Rio de Janeiro à pergunta de Jacques Lacan O que a psicanálise nos ensina, como ensiná-lo? , formulada na comunicação A Psicanálise e seu Ensino, em 23 de fevereiro de 1957. É, também, uma forma de insistir na articulação, tão cara à Psicanálise, entre teoria e práxis, sobre a qual é preciso lembrar que não se reduz aos problemas técnicos que surgem na experiência clínica. Os fundamentos da Psicanálise, como nos ensina Lacan no Seminário 11: Os Quatro Conceitos Fundamentais da Psicanálise, de 1964, fazem parte da própria práxis, na medida em que o ensino desses fundamentos é dirigido para algo que é elemento dessa práxis, isto é, a formação do psicanalista.
A Formação Básica tem como objetivo introduzir, por meio de Cursos regulares seqüenciais e de Grupos de Estudo, as linhas gerais dos pensamentos freudiano e lacaniano. Os principais conceitos criados por Freud, desde o nascimento da Psicanálise até a revolução trazida pelo segundo dualismo pulsional, são apresentados numa visão de conjunto, retraçando a complexa evolução conceitual da Psicanálise, em suas vertentes essenciais: metapsicológica e clínica.
Considerando-se o retorno a Freud, proposto por Lacan, uma referência imprescindível para a Psicanálise contemporânea, o estudo de seus seminários e escritos constitui, igualmente, um contínuo objeto de investigação, paralelo ao da obra freudiana.
Assim, a Formação Básica se divide em módulos, com a duração de sete semestres letivos, cada um compreendendo um curso sobre um tema básico em Freud e Lacan.
O Curso de Introdução à Obra de Sigmund Freud e ao Ensino de Jacques Lacan se compõe dos seguintes módulos:
I - Os três registros da estrutura: Real, Simbólico e Imaginário; II - A pulsão e a sexualidade; III - Édipo, castração e relação de objeto; IV - A ética da psicanálise e a psicanálise em extensão; V - A direção do tratamento psicanalítico; VI - As estruturas clínicas: neurose - histeria e obsessão; VII - As estruturas clínicas: psicose e perversão.
Este curso se destina àqueles que pretendem dirigir sua formação psicanalítica para a prática clínica (dos quais se requisita a entrada em análise pessoal, pelo menos seis meses após o início de sua Formação Básica) e àqueles que pretendem conhecer teoricamente os fundamentos do pensamento de Freud e Lacan.
A Formação Permanente se destina àqueles que desejam interrogar sua experiência em direções singulares, vinculadas à teoria e à prática da Psicanálise. Assim, a Formação Permanente se encarrega de promover uma diversidade de reflexões que façam jus à riqueza do campo freudiano (Psicanálise em intensão) e, também, objetiva insistir nas múltiplas conexões interdisciplinares (Psicanálise em extensão). O questionamento e o aprofundamento da teoria psicanalítica, numa continuidade que jamais se conclui, se fará por meio de Seminários, Grupos de Estudo, Conferências, Jornadas e Cartéis.
O Departamento Clínico, criado em outubro de 1997, vem, desde então, se dedicando ao estudo sistemático de temas ligados à clínica psicanalítica, particularmente o lugar da interpretação na direção do tratamento. O Corpo Freudiano considera que o ensino de Lacan, em oposição ao que muitas vezes se afirma sem conhecimento de causa, é eminentemente clínico: com ele, Lacan visava produzir efeitos de formação de analistas.
O Departamento Clínico oferece também ao público um serviço de atendimento psicanalítico, através dos Psicanalistas Membros da instituição.
Desde 1994 é editado um periódico Documentos para a divulgação de trabalhos que contribuam não só para a reflexão teórica e clínica da psicanálise, mas também para a relação da psicanálise com outros campos discursivos, especialmente a arte e a literatura.
A Biblioteca Clarice Lispector continua ampliando o seu acervo, sendo uma fonte constante de consulta para seus membros, associados e correspondentes.
Em janeiro de 2000, foi inaugurada A Outra Cena Cinema e Psicanálise, um espaço destinado a realizar a projeção de filmes seguida por debates.
As diferentes modalidades de inscrição no Corpo Freudiano são as seguintes: Correspondente, Associado, Associado em Formação e Membro.
O Associado, depois de ter concluído cinco módulos da Formação Básica, pode solicitar por escrito a sua entrada na categoria de membro.
Os interessados na Formação Básica devem marcar uma entrevista pelo telefone: 2521-6032. Para participar das demais atividades, a inscrição poderá ser feita na Secretaria.
Corpo Freudiano de Fortaleza Escola de Psicanálise
Em 26 de maio de 2001, no encerramento do I Congresso Nacional de Psicanálise da Universidade Federal de Fotaleza-UFC/VI Encontro do Laboratório de Psicanálise da UFC, realizado em Fortaleza de 24 a 26 de maio de 2001, foi fundado o Corpo Freudiano de Fortaleza Escola de Psicanálise
Os membros fundadores do Corpo Freudiano de Fortaleza são: Antônio Secundo dos Santos, Antônio Crístian Saraiva Paiva, Iracema Correia São Tiago, João Henrique Brasil Gondim, Laéria Bezerra Fontenele (Diretora), Mariza Angélica Paiva Brito, Orlando Soeiro Cruxen, Regina Helena Matos Nogueira Faust e Ronald de Paula Araújo.
Endereço: Av. Santos Dumont, 3.131 :: Sala 423 - Shopping Del Paseo :: Fortaleza :: CE
Informações: (85) 267-1882 :: E-mail: laeria@terra.com.br
NÚCLEO DE FORMAÇÃO BÁSICA
[Curso de Introdução à Obra de Sigmund Freud e ao Ensino de Jacques Lacan, Grupos de Estudo de Freud e Lacan e III Jornada Interna]
CURSO DE INTRODUÇÃO À OBRA DE SIGMUND FREUD E AO ENSINO DE JACQUES LACAN
- Édipo, castração e relação de objeto - Horário: segunda-feira, 9.00h. às 11.00h.
- A direção do tratamento psicanalítico - Horário: terça-feira, 9.00h. às 11.00h.
- As estruturas clínicas: neurose histeria e obsessão - Horário: quarta-feira, 9.00h. às 11.00h.
- As estruturas clínicas: neurose histeria e obsessão - Horário: quinta-feira, 20.00h. às 22.00h.
Professores:
Denise Maurano, Geraldo José da Costa Piquet, Lucia Maria de Freitas Perez, Marco Antonio Coutinho Jorge, Mônica Barbosa Coelho, Nadiá Paulo Ferreira e Vera Maria von Bochkor Podcameni.
GRUPOS DE ESTUDO DE FREUD E LACAN
Segunda-feira, das 11.30h às 12.30h. - Início: 4 de março -
- Adriana Lobo e Mônica Barbosa Coelho
- A Interpretação dos Sonhos e o Discurso do Desejo
- Esta formação do inconsciente, estudada por Freud, nos é apresentada como a realização de um desejo através de uma forma distorcida pelo trabalho do sonho em virtude da censura. Todavia, Freud ao comparar o sonho com o rébus (uma espécie de escrito de sentido enigmático, um anagrama) aponta um outro aspecto não menos importante e imprescindível a tal articulação: a linguagem. Considerando que teremos como referência inicial à proposição freudiana de que o sonho é a realização de um desejo, objetivamos, através da leitura de cada texto, produzir intervenções a partir de questões, colocando-as em discussão, a fim de ampliar nossa possibilidade de entendimento não somente acerca de tais questões, mas também de outras que possivelmente reconheceremos como já estudadas.
Segunda-feira, das 12.30h. às 13.30h. - Início: 4 de março - Eloísa Vidor Lins de Melo
- Núcleo de Estudo e Pesquisa sobre a psicose
- [ver Departamento Clínico]
Segunda-feira, das 13.30h. às 15.00h. Início: 4 de março
- Lucia Perez
- O Seminário, livro 2: o Eu na Teoria de Freud e na Técnica da Psicanálise, de Jacques Lacan
- Nesse tempo de seu ensino, em meados dos anos 50, a preocupação de Lacan, em sua releitura de Freud, é afastar da psicanálise qualquer concepção psicologizante ou desenvolvimentista, marcando o inconsciente como efeito da linguagem. A repetição é estabelecida como simbólica e seu automatismo é atribuído ao caráter insistente da cadeia significante. O que está em foco é a ordem simbólica. Trata-se de mostrar que o significante constitui o sujeito do inconsciente, precedendo-o e ultrapassando-o. Ao promover uma aproximação entre psicanálise e cibernética, Lacan direciona sua crítica a duas perspectivas: a naturalista e a humanista. O eu não pode ser concebido como um prolongamento da organização biológica, não estando regido por princípios homeostáticos, tampouco pode ser reduzido ao campo da experiência humana delimitado pela fenomenologia, presa a noções tais como as de compreensão e de totalidade. Por que a cibernética? Qual o lugar do cálculo na psicanálise lacaniana? Estas são algumas das questões sobre as quais estaremos nos debruçando nesses encontros dedicados à leitura do Seminário sobre o Eu.
Terça-feira, das 11.00h. às 12.30h. - Início: 7 de maio
- Ana de Alencar
- Freud e a Arte
- O grupo de estudos tem como proposta interrogar as relações entre a literatura e a psicanálise, a partir da leitura de alguns escritos de Freud sobre a experiência estética. Sonhos e delírios na Gradiva de Jensen (1908), Criação literária e sonho acordado (1908) e O estranho (Das Unheimliche, 1910) são alguns dos textos a serem trabalhados no grupo.
Terça-feira, das 18.30h. às 19.30h. Início: 5 de março
- Oswaldo Luís Freitas Maia
- Pulsão e Interpretação
- Em 1958, no texto A direção do tratamento e os princípios de seu poder, Lacan retifica que "o Trieb implica em si um advento do significante". Ele exemplifica criticando o caso clínico de um paciente de Ernst Kris, que analisa a defesa antes da pulsão. Apreendemos nesse texto o sentido da cifração da pulsão e como Lacan, ao tomar o significante como estrutura da pulsão, evidencia o equívoco da suposição que conduzia os pós-freudianos a crer que os conceitos de defesa e pulsão fossem "concêntricos", isto é, moldados um pelo outro.
Durante este ano faremos uma pesquisa nos textos freudianos visando apreender essa articulação entre o conceito de pulsão e a interpretação.- Bibliografia: Os chistes e sua relação com o inconsciente (1905); A significação antitética das palavras primitivas (1910); Sobre o narcisismo: uma introdução (1914); As pulsões e suas vicissitudes (1915); O ego e o id (1923); Inibições, sintomas e angústia (1926).
Terça-feira, das 19.15h. às 20.30h. - Período: 5 de março a 28 de novembro
- Nadiá Paulo Ferreira
- O Seminário, livro 2: o Eu na Teoria de Freud e na Técnica da Psicanálise, de Jacques Lacan
- O tema central desse seminário é a estrutura de uma cadeia significante: a insistência repetitiva como oriunda do inconsciente. Lacan escolhe o conto A carta roubada, de Edgar Alan Poe para demonstrar o funcionamento dessa estrutura e para corroborar as relações estreitas entre a Psicanálise e a Lingüística.
- O seu ensino, nesse momento, tem como visada o retorno a Freud, a partir do axioma O inconsciente é estruturado como linguagem. Nessa perspectiva, é nesse seminário que ele introduz a diferença entre o pequeno outro, que é o eu, e o grande Outro, que é o lugar da fala, para retomar o que já tinha abordado no seu seminário anterior e que será insistentemente repetido nos seus seminários posteriores: a ordem simbólica introduz a dimensão do ser-para-a-morte.
Quarta-feira, 11.00 às 12.30h Início: 6 de março
- Teresinha Costa
- Núcleo de Psicanálise com Criança
- [ver Departamento Clínico]
Quartas-feiras, das 12.30h. às 14.00h. Início: 6 de março
- Márcia Antunes Sobreira
- Um Estudo sobre a Vida Amorosa
- Este grupo pretende estudar de modo minucioso a vida amorosa, a partir das contribuições de Freud sobre a esfera do amor. Para tal, seguiremos seu percurso de 1910 a 1918, tomando como referência, especificamente, os textos clássicos que abordam a eleição de objeto no homem, a degradação da vida erótica e o tabu da virgindade. Tal leitura é uma poderosa ferramenta para melhor compreendermos o que acontece na clínica e no cotidiano, no que diz respeito às nossas escolhas amorosas e às de nossos analisandos. Esse tripé de textos nos fornece as bases, as ancoragens nas quais se apóiam grande parte da vida amorosa de todo sujeito: eles tratam das relações primordiais do sujeito, da resolução do Édipo, das escolhas objetais, seus tabus e suas degradações.
Quarta-feira, 14.00h. às 15.30h. - Início: 6 de março
- Sílvia Gutfilen
- Artigos sobre Técnica de Sigmund Freud
- Motivados pelo debate das questões relativas à prática psicanalítica, daremos continuidade à leitura dos Escritos técnicos e outros textos freudianos, baseando-nos na noção lacaniana de que não há obra, em Freud, que não nos revele algo a respeito da técnica (Lacan). Os Escritos técnicos formam uma compilação de textos datados entre 1904 (O método psicanalítico de Freud, no qual a palavra psicanálise é utilizada formalmente pela primeira vez) em 1919 (Caminhos da terapêutica psicanalítica), e neles são encontradas passagens extremamente importantes para apreendermos o progresso que teve no curso destes anos a elaboração da prática (Lacan). Lacan ressalta o fato de Freud nunca ter deixado de falar sobre técnica: desde os Estudos sobre a histeria, que não passam de uma longa exposição da descoberta da técnica analítica, passando pela Interpretação dos sonhos (1900), que trata o tempo todo, perpetuamente, da técnica, até Análise terminável e interminável (1937), considerado um dos artigos mais importantes sobre a técnica psicanalítica. O conjunto de artigos abordados em nosso grupo de estudos testemunha uma etapa do pensamento freudiano e se escalonam entre a primeira e a segunda tópica freudianas. Nestes artigos são abordados temas como transferência, resistência, neurose de transferência e outros da maior relevância para compreendermos o modo de ação da terapêutica analítica (Lacan).
Quarta-feira, das 15.30h. às 17.00h. - Início: 6 de março
- Lucia Perez
- Os Casos Clínicos de Freud e os Nossos ...
- A forma como o saber se produz em psicanálise é singular e rompe com a tradição preditiva. Renunciar às garantias do saber a priori, para investigar um campo onde o saber estabelecido escapa o campo da verdade é a ousadia da proposta psicanalítica. Uma verdadeira lição de rigor. Freud, um investigador cuidadoso, valia-se de critérios absolutamente confiáveis para sua pesquisa, ao mesmo tempo em que exercita uma liberdade corajosa no trato com a verdade, sempre pronto a retomar o ponto onde ela incidia sobre o seu saber, fazendo-o vacilar.
- Valorizando o que escutara de Charcot, em vários momentos de sua obra, Freud cita seu mestre: Teoria é bom, mas não impede a realidade de existir. E, respeitando essa filiação, Freud não se contenta com construções puramente teóricas e pragmáticas, percebendo que é preciso haver uma combinação entre as formulações construídas e as experiências obtidas, permitindo idas e vindas ao mesmo ponto. Sua teoria se fundamenta na dinâmica da clínica, sempre exposta à novidade de cada escuta, que o desafia com a possibilidade do inesperado.
- O registro que se faz da própria experiência é fundamental para o trabalho analítico. O sujeito não está isento de sua produção, é parte dela, se inscrevendo naquilo que elege como alvo de investigação. O lugar do analista é lugar sujeito a conseqüências arriscadas e exigindo manobras delicadas, que este faz muitas vezes sem mesmo se dar conta. Nesses movimentos tão delicados próprios à clínica, algo de absolutamente original se constrói: um saber em suspensão. Este saber que afirma sua existência com base em dados que ainda estão por vir, e que exige o tropeço como fundação, nos fala deste que a funda, corajoso malabarista, que se sustenta numa corda por ele mesmo tecida, à medida que trabalha.
- Nossa proposta é debruçarmo-nos sobre os casos clínicos freudianos. Pretendemos, valendo-nos dos ensinamentos de Freud, extrair subsídios que possibilitem delinear linhas mestras que nos conduzam a problematizar o ato analítico a partir da construção de nossos próprios casos clínicos.
- Bibliografia: Freud, S., O caso do Pequeno Hans (1909); Uma neurose infantil (1917); Inibição, sintoma e angústia (1926). Lacan, J., O Seminário, livro 4: a relação de objeto, parte: A estrutura dos mitos na observação da fobia do pequeno Hans. Laplanche, J. & Pontalis, J.B., Fantasia originária, fantasia das origens, origens da fantasia.
Quinta-feira, das 18.45h às 20.00h Início: 7 de março
- Geraldo José da Costa Piquet
- A transferência em Freud
- A proposta desse grupo é acompanhar o desenvolvimento do conceito de transferência na obra de Freud, tomando como base alguns de seus textos principais sobre o assunto, assim como outros nos quais ele faz referência ao tema. A noção de transferência surge historicamente com o abandono da hipnose, da sugestão e da catarse. O conceito, por sua vez, vai sendo desenvolvido gradativamente ao longo da obra de Freud, que já fazia referência a ele em seus Estudos sobre a histeria, assim como em alguns de seus casos clínicos, como Anna O. e Dora. Serão trabalhados os artigos técnicos A dinâmica da transferência e Observações sobre o amor transferencial, assim como a Conferência XXVII (A transferência).
III JORNADA INTERNA
Encerrando o ano, o objetivo das Jornadas Internas é a apresentação e discussão dos trabalhos realizados pelos Associados em Formação Básica.
- Organizãção: Eduardo Schwartz
- Data: 7 de dezembro - Horário: 9.00h.
- Local: Corpo Freudiano do Rio de Janeiro
- Inscrições de trabalhos: a parti de setembro de 2002
Trabalhos apresentados na II Jornada Interna:
A agressividade humana e as possíveis vias de satisfação, Carla Verônica Barbosa Silva O amor tecido no gozo, Márcia Antunes Sobreira À espera de um milagre: a angústia no corredor da morte, Denise Tinoco Blanc Antígona: a pulsão de morte e o desejo puro de não-ceder, Evair Aparecida Marques Um breve olhar, Geraldo Piquet Para além da duração ou da dura-ação: o que faz o psicanalista com o seu saber que adquire ao longo do tempo?, Lucia Perez O saber dos sintomas, Eduardo L. Schwartz Não há olhos sem luz, Marco Antonio Coutinho Jorge Considerações sobre o tema do originário (UR) em Freud, Manoel Leite Carneiro Junior Comentários sobre A terceira de Jacques Lacan, Nadiá Paulo Ferreira O jogo da velha: o atendimento de uma criança, Maria Izabel de Queiroz Simões Do mal-estar radical: considerações sobre a ética, Mariza Pardo Legemann Uma pesquisa sobre pulsão nos escritos lacanianos, Oswaldo Luís Freitas Maia A ética na psicanálise, Tanya Linda Rothgiesser São João da Cruz, uma referência de Jacques Lacan, Marco Antonio Coutinho Jorge
NÚCLEO DE FORMAÇÃO PERMANENTE
[Seminário, Conferências, Seminário Internacional e Atividades de Convergência]
SEMINÁRIO
Terça-feira, das 20.30h. às 22.00h. Início: 7 de maio - [exceto a última terça-feira do mês]
- Marco Antonio Coutinho Jorge
- A Fantasia na Obra de Freud
- O seminário tem como objeto de estudo o conceito de fantasia na obra de Freud, considerando-o como um núcleo central de seus principais desenvolvimentos. Basta refletirmos sobre o lugar ocupado pela fantasia quando do abandono da teoria da sedução e do trauma, para vermos que a emergência do próprio conceito de inconsciente está ligada, para Freud, ao destacamento da fantasia. Como observou Lacan, se há algo que a experiência analítica nos ensina, é justamente o que se refere ao mundo da fantasia (Seminário 17: O avesso da psicanálise, p. 47).
Nosso percurso atual, que tem sido o de produzir uma articulação original entre os quatro conceitos fundamentais da psicanálise segundo Lacan (inconsciente, pulsão, transferência e repetição), requer agora que nos debrucemos sobre a fantasia como um verdadeiro eixo em torno do qual se articulam esses quatro conceitos. O objetivo será examinar a relação entre a fantasia e cada um desses conceitos, considerando em especial sua relação com o real, por um lado, tomado na interseção entre o inconsciente e a pulsão, e o sintoma, por outro, na interseção entre a transferência e a repetição.
Esse seminário, no qual serão estudados os principais textos de Freud sobre o assunto, tais como, entre outros, Escritores criativos e devaneio, Formulações sobre os dois princípios do funcionamento mental, Bate-se numa criança, prepara o posterior estudo do conceito de fantasia em Lacan, especialmente em seu Seminário 14: A lógica da fantasia.
CONFERÊNCIAS
(entrada franca, mediante reserva)
Quarta-feira, 20 de março, 21.00h.
- Oswaldo Luís Freitas Maia
- Lendo A Obra Clara, de Jean-Claude Milner
- Nossa proposta visa iniciar um diálogo e estabelecer um espaço para elaborarmos questões, a fim de empreendermos avanços na fronteira entre a psicanálise e a lingüística. Quais seriam as conseqüências da subversão, operada por Lacan, do conceito de significante, extraída da lingüística saussuriana, e quais seriam as possíveis contribuições de uma leitura lingüística a partir da obra de Lacan?
Pensamos que, o valor do conceito de significante ao longo da obra de Lacan e a importância da linguagem para o trabalho do psicanalista devem guiar as questões e a direção de nossa apresentação.- Oswaldo Luís Freitas Maia é psicanalista, membro do Corpo Freudiano do Rio de Janeiro - Escola de Psicanálise. Especialista em Psicanálise e Saúde Mental/UERJ. Mestrando em Pesquisa e Clínica em Psicanálise/UERJ.
Quarta-feira, 10 de abril, 21.00h
- Betty Bernardo Fuks
- Moisés e o Monoteísmo
- Moisés e o Monoteísmo, o terceiro dos mitos freudianos do pai, é um hipertexto cuja escrita não se presta à captura. Como um enigma se abre para vários níveis de entendimento. Nesta conferência privilegiaremos o recorte político a partir de questões psicanalíticas sobre a segregação constitutiva do outro.
- Betty Bernardo Fuks é psicanalista, professora do Curso de Especialização em Psicologia Clínica, PUC/RJ, autora de Freud e a judeidade (Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2000)
Quarta-feira, 15 de maio, 21.00h
- Gláucia Dunley
- Uma Ficção Psicanalítica
- Seria possível falar de um pensamento trágico na obra freudiana?
No livro O silêncio da Acrópole: Freud e o trágico Uma ficção psicanalítica, procuro me aproximar desta questão, nascida do impacto causado por um texto tardio de Freud, Uma perturbação da memória na Acrópole, de 1936. Parto dos relatos da auto-análise de Freud, onde ele nos diz que buscou uma figura argumentativa trágica, o Édipo-Rei de Sófocles, para elaborar seus sentimentos de amor e ódio em relação a seus pais, estendendo posteriormente sua descoberta a toda a humanidade.
Entretanto, trata-se de um outro trágico relativo a Édipo que desejo destacar neste escrito. Ele diz respeito à desmesura de seu saber, à sua hybris, levada à dimensão de um saber-poder, questão que interessa os modos de produção do conhecimento, inclusive o psicanalítico, e deve, portanto, interessar aos psicanalistas. Para trabalhá-la, lanço mão do pensamento trágico de Hölderlin e de sua leitura política do trágico de Sófocles, que permitem fazer a escuta crítica dos limites, entre eles, o do conhecimento, aproximando-se nisto de Kant, seu contemporâneo.
Em seguida à Conferência, haverá uma noite de autógrafos do livro de Gláucia Dunley.- Gláucia Dunley é psicanalista, professora-assistente da Universidade Veiga de Almeida, mestre em Teoria Psicanalítica/UFRJ, doutoranda em Comunicação e Cultura/UFRJ, autora de O silêncio da Acrópole: Freud e o Trágico - Uma ficção psicanalítica (Rio de Janeiro, Fiocruz/Forense Universitária, 2001).
Quarta-feira, 12 de junho, 21.00h.
- Cristina Helena Guimarães Sartori
- Entrada da Criança na Escola e Período de Adaptação
- A entrada da criança na escola traz sempre alguns embaraços para aqueles que participam desse processo, ou seja, os pais, as crianças e seus professores. Entender esse momento como um processo que envolve uma rede de relações já implica diferentemente a escola, seus professores e os pais da criança, fazendo-se necessário que se definam suas funções nessa passagem.
O presente estudo oferece condições de pensarmos esse momento à luz dos conceitos psicanalíticos, de maneira a fundamentar o que está em jogo nessa passagem da criança, uma vez diferenciadas e definidas as funções da escola e da mãe.
Em seguida à Conferência, haverá uma noite de autógrafos do livro de Cristina Helena Guimarães Sartori.- Cristina Helena Guimarães Sartori é psicanalista, membro da Escola de Psicanálise de Campinas, autora do livro Entrada da criança na escola e período de adaptação Editora Alínea, Campinas, 2001.
SEMINÁRIO INTERNACIONAL
6 de julho de 2002
Paola Mieli
O TRAUMA NA CLÍNICA E NA HISTÓRIA
Freud sustenta até o final de sua vida que nenhum ser humano escapa às experiências traumáticas. O trauma não é apenas algo da ordem do acidente, ele possui uma função estrutural na articulação da subjetividade humana. Segundo Freud, ele está intrinsecamente relacionado com a dependência do sujeito ao Outro, com a natureza da pulsão, com a sexuação do ser humano, com o recalcamento primário como mecanismo constitutivo da estrutura psíquica. A noção de trauma implica uma concepção particular da temporalidade em ato na causalidade psíquica e, nesta, da função da fantasia.
Sobre essas bases, trabalharemos a articulação do trauma na clínica, e as questões levantadas pela opacidade que o caracteriza. Em sua relação com a fantasia, o trauma liga de maneira particular a imanência do funcionamento do aparelho psíquico à transcendência de uma inscrição que teve lugar num alhures, num pré-tempo, ou, como veremos, num "fora-do-tempo". Esse liame estrutura a natureza do sujeito. Isso é verdade para Freud, seja no nível individual, seja no coletivo. Voltando para seu Moisés, para situá-lo no seio de uma longa tradição relativa ao "Moisés egípcio" como figura da mediação, retomaremos a questão da inscrição e do pré-tempo na história. Isso nos permitirá articular a relação existente entre história e memória da história, e repensar - à luz igualmente de eventos recentes - a temporalidade do trauma no campo da história.
Paola Mieli é psicanalista em Nova Iorque, fundadora e presidente da Après-Coup Psychoanalytic Association, membro do Le Cercle Freudien (Paris), membro da Lacanian School of San Francisco e da School of Visual Arts (Nova Iorque). É autora de inúmeros artigos publicados na Europa e na América, Co-editora de Being human - the technological extensions of the body, Agincourt/Marsilio, New York, 1999 e Co-autora de Actualité de lhystérie, Érès, Paris, 2001.
- Local: Everest Rio Hotel Salão Rio de Janeiro - Rua Prudente de Moraes, 1117, Ipanema, Rio de Janeiro
- Horário: 10.00h. às 12.00h. Intervalo para almoço - 15.00h. às 18.00h.
- Inscrições: Secretaria do Corpo Freudiano do Rio de Janeiro
- Membros e Associados: R$ 60,00
- Estudantes/graduação: R$ 75,00
- Profissionais: R$ 90,00
- Vagas Limitadas
[Os inscritos receberão um exemplar do livro de Paola Mieli que está sendo publicado pela Editora ContraCapa no selo editorial Janus-Corpo Freudiano]
ATIVIDADES DE CONVERGENCIA
Espaço Convergencia
Tema: "Variantes do Tratamento-Padrão", de Jacques Lacan
Horário: 2ª sábado de cada mês às 10 horas da manhã.
Local: será definido a cada encontro.
Encontro mensal de trabalho das Instituições que constituem a Comissão de Enlace Local do Rio de Janeiro - Corpo Freudiano do Rio de Janeiro, Escola Lacaniana de Psicanálise, Intersecção Psicanalítica do Brasil, Laço Analítico do Rio de Janeiro, Práxis Lacaniana Formação em Escola -, preparatório para o II Congresso de Convergência, a ser realizado no Hotel Glória, Rio de Janeiro, em maio de 2004.
Esse artigo de 1955, publicado originalmente na Encyclopédie Médico-Chirurgicale a convite de Henri Ey, e republicado com alterações em 1966 nos Escritos (Jorge Zahar, 1998, pp.325-364), tece importantes desenvolvimentos para apontar que a psicanálise não é uma terapêutica como as demais, porque o tratamento analítico requer um rigor ético que, por sua vez, exige uma formalização teórica. Trata-se de um texto privilegiado para o II Congresso de Convergência, cujo tema geral será Variantes do tratamento-padrão no movimento lacaniano. O trabalho desse grupo será um trabalho coletivo, que anuncia o trabalho individual dos membros do Corpo Freudiano do Rio de Janeiro para o II Congresso de Convergência.
III Encontro Brasileiro de Convergência - Salvador
- Temas: O que quer uma análise? e Fracassos na transmissão
- 2 a 4 de maio de 2002.
- Local: Centro de Convenções do Hotel da Bahia
- Av. 7 de setembro, 1537, Campo Grande, Salvador.
- Informações e inscrições:
- Colégio de Psicanálise da Bahia - Tel.: (71) 264-3569
The voice and the ethics of psychoanalysis Panel discussion
- Data: 1 de março de 2002, 17.30h às 21.00h
- Local: School of Visual Arts
- 214 East 21st Street (entre 2nd e 3rd Avenues), New York City
- Organizado por Après-Coup Psychoanalytic Association, Nova Iorque
- Apresentação de cartel com: Alain Didier-Weill, Denise Maurano, Marco Antonio Coutinho Jorge e Urânia Tourinho Peres.
Les Idolâtries
- Local e data: Paris, 8 e 9 de junho de 2002
- Organizado por:
- Après-Coup (New York), Corpo Freudiano do Rio de Janeiro,
- Espace Analytique (Paris) e Mouvement du Coût Freudien (Paris)
- Com a participação, entre outros, de Alain Didier-Weill, Denise Maurano, Françoise Petitot, Jean Charmoille, Marco Antonio Coutinho Jorge e Paola Mieli.
Será que podemos encontrar um desfiguramento da imago paterna nas heranças grega, judaica e cristã da representação do pai? Qual é a relação entre idolatria e iconoclastia na sociedade contemporânea, em manifestações tais como fundamentalismo religioso, tecno-ciências, economia global e neo-nacionalismo? Quais são as respostas subjetivas e coletivas para a queda dos ídolos? Pessimismo? Melancolia? Uma nova nomeação?
Instituições Membro de Convergencia, Movimento Lacaniano para a Psicanálise Freudiana
Agrupo Institución Psicoanalítica (Argentina) · Association Analyse Freudienne (França) · Apertura Estudio, Investigación y Transmisión en Psicoanálisis (Espanha) · Après-Coup (Estados Unidos) · Associação Psicanalítica de Porto Alegre (Brasil) · Association Freudienne Internationale (França) · Associazione Cosa Freudiana (Itália) · Assoziation Für Die Freudsche Psychoanalyse (Alemanha) · Cartels Constituants de lAnalyse Freudienne (França) · Centre de Recherches em Psychanalyse et Ecriture(s) (França) · Círculo Psicoanalítico Freudiano (Argentina) · Colégio de Psicanálise da Bahia (Brasil) · Corpo Freudiano do Rio de Janeiro Escola de Psicanálise (Brasil) · Dimensions de la Psychanalyse (França) · Errata (França) · Escola Lacaniana de Psicanálise (Brasil) · Escuela de Psicoanálisis de Tucumán (Argentina) · Escuela de Psicoanálisis Sigmund Freud Rosário (Argentina) · Escuela Freudiana de Buenos Aires (Argentina) · Escuela Freudiana de la Argentina (Argentina) · Escuela Freudiana de Montevideo (Uruguai) · Escuela Freudiana del Ecuador (Equador) · Espace Analytique (França) · Espacio Psicoanalítico Agrupamiento de Analistas (Argentina) · Fondation Européenne pour la Psychanalyse (França) · Discurso<>Freudiano Escuela de Psicoanálisis (Espanha) · Fundación Psicoanalítica Madrid 1987 (Espanha) · Grupo de Psicoanálisis de Tucumán (Argentina) · Institución Psicoanalítica de Buenos Aires (Argentina) · Intersecção Psicanalítica do Brasil (Brasil) · Intersecciones Espacio de Transmisión Psicoanalítico (Argentina) · Invenció Psicoanalítica (Espanha) · Laço Analítico do Rio de Janeiro (Brasil) · Le Cercle Freudien (França) · Letra, Institución Psicoanalítica (Argentina) · Maiêutica Florianópolis Instituição Psicanalítica (Brasil) · Mayéutica Institución Psicoanalítica (Argentina) · Mouvement du Coût Freudien (França) · Nodi Freudiani APLI (Itália) · Práxis Lacaniana Formação em Escola (Brasil) · Psychanalyse Actuelle (França) · Seminaires Psychanalytiques de París (França) · Seminario Psicoanalítico (Argentina) · Société de Psychanalyse Freudienne (França) ·Traço Freudiano Veredas Lacanianas (Brasil) · Triempo, Institución Psicoanalítica (Argentina).
Site: www.convergencialacaniana.org
E-mail: virtual@sion.com
DEPARTAMENTO CLÍNICO
[Encontros para a interrogação da prática clínica, Núcleo de estudo e pesquisa sobre a psicose e Núcleo de psicanálise com criança]
ENCONTROS PARA A INTERROGAÇÃO DA PRÁTICA CLÍNICA
Essas reuniões se dedicam à apresentação de casos clínicos e ao estudo de questões oriundas da prática clínica. A experiência clínica é o lugar a partir do qual a psicanálise constrói todos seus processos de teorização, o que levou Lacan a afirmar: é de meus analisandos que aprendo tudo, que aprendo o que é a psicanálise.
Os analistas Associados que desejarem participar devem encaminhar uma carta expondo seu percurso clínico para fazer uma entrevista com a Coordenação.
Coordenação: Márcia S. G. Antunes Sobreira
Horário: última terça-feira de cada mês, das 20.30h. às 22.00h.
Datas: 26/3; 30/4; 28/5; 25/6.
NÚCLEO DE ESTUDO E PESQUISA SOBRE A PSICOSE
Tem como objetivo estudar, pesquisar e refletir sobre a questão da Psicose enquanto processo de dissolução da estrutura subjetiva, em articulação com as estrutura clínicas das neuroses na clínica psicanalítica. O estudo e a pesquisa serão realizados a partir da investigação teórica dos processos de construção, desconstrução e reconstrução da estrutura subjetiva, das alterações na linguagem. Da perda da realidade nas neuroses através da substituição simbólica e da substituição da realidade nas psicoses. Pretendemos que esse Núcleo se constitua igualmente como lugar para a discussão de casos clínicos e prática da supervisão, numa articulação com o Departamento Clínico.
Bibliografia: Freud, S., Neurose e Psicose, A Perda da Realidade na Neurose e na Psicose, O Caso Schreber. Conceitos da Fenomenologia de K. Jaspers. O Seminário, livro 3: As psicoses, de J. Lacan.
Coordenação: Eloísa Vidor Lins de Melo
Horário: Segunda-feira, das 12.30h. às 13.30h. - Início: 4 de março
NÚCLEO DE PSICANÁLISE COM CRIANÇA
Espaço criado para o estudo e a formação de psicanalistas que desejam se dedicar ao tratamento da criança. Este núcleo está aberto aos membros e associados do Corpo Freudiano do Rio de Janeiro, através de carta encaminhada à coordenação. Considerando-se a singularidade da clínica psicanalítica com crianças (e adolescentes), a transmissão se fará a partir dos seguintes pontos: pesquisa teórico-clínica, atendimento e supervisão.
Coordenação: Teresinha Costa
Horário: quarta-feira, 11.00 às 12.30h. - Início: 6 de março
Endereço: Rua Nascimento Silva, 330/3º andar . Ipanema . Rio de Janeiro CEP 22421-020 . Tel.: (0**21) 2521-6032
Para enviar a
agenda de atividades de sua instituição,
ou qualquer outro tipo de informação, escreva a brasil@psicomundo.com